Pode até não estar no cardápio, mas daqui a pouco já vai dar para pedir ao garçom: por favor, uma cerva gelada com energia limpa. É que a Heineken leva a estabelecimentos, de 19 capitais brasileiras, a oportunidade de ter acesso a energia renovável, numa iniciativa que pretende chegar a 50% dos bares e restaurantes atendidos pela marca nesses municípios, até 2030. O compromisso vai ao encontro da estratégia da empresa para alavancar o uso de fontes limpas de energia. Há um ano, a Heineken anunciou a produção da cerveja com energia 100% renovável em suas cervejarias de Alagoinhas (BA), Araraquara (SP), Ponta Grossa (PR), e até 2023 em Jacareí (SP). Agora, a marca está fomentando o mercado de geração distribuída de energia verde para os pontos de vendas, que, além de reduzirem seu impacto ambiental, poderão ter uma redução de até 40% em suas contas de consumo.
A participação, informa a Heineken, é gratuita, sem taxas de adesão, sem instalação e sem fidelidade. O estabelecimento só precisará se cadastrar numa plataforma digital que vai conectá-lo a uma fonte de geração de energia verde. A distribuição será feita normalmente pela rede da concessionária de energia, e o estabelecimento não terá qualquer tipo de custo ou necessidade de adaptação no sistema elétrico atual.
Isso é possível porque o gerador certificado joga a energia verde – solar e eólica, por exemplo -, no sistema geral de determinada região, assim pode ser feita a compensação na conta de luz dos donos de bares ou restaurantes.
O projeto está em fase piloto em Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Cuiabá (MT) e Belo Horizonte (MG). A partir do ano que vem, será expandido para outros 15 estados – Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Porto Alegre, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal.
Green Your City, de energia limpa a múltiplas soluções
Esse projeto que facilita o acesso a energia renovável é parte da plataforma de sustentabilidade e cultura Green Your City, um movimento da marca Heineken para ressignificar o espaço urbano e a vida noturna, de forma colaborativa e responsável.
“A ideia é que possamos apoiar de ponta a ponta os nossos parceiros, na energia que eles utilizam, nas atrações que envolvem o público e oferecendo soluções de circularidade para os resíduos, criando assim um futuro cada dia mais verde”, explica Gabriel D’Angelo Braz, diretor de marketing da marca Heineken no Brasil.
“O compromisso da marca está alinhado com a estratégia de sustentabilidade do Grupo Heineken no Brasil de neutralizar as emissões de carbono em toda a cadeia de valor até 2040”, completa Ornella Vilardo, gerente de Sustentabilidade do Grupo Heineken no Brasil.
Produção de cerveja com energia renovável
Em dezembro de 2020, a marca Heineken avançou na produção e envasamento da cerveja com uso de energia 100% renovável, nas cervejarias de Araraquara (SP), Alagoinhas (BA) e Ponta Grossa (PR), que já operam com energia limpa tanto térmica como elétrica, e até 2023, na cervejaria de Jacareí (SP), que já opera com 100% de energia elétrica de fontes renováveis, e também ganhará novas caldeiras, convertendo assim essa e todas as outras oito cervejarias no Brasil para operarem unicamente com energia verde na produção de todos os produtos.
Esse tipo de iniciativa da indústria é urgente para conseguirmos conter o avanço das mudanças climáticas. O acordo firmado na última edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 26, propõe acelerar a transição energética para fontes de energia limpas. O texto final sugere também que os países aumentem os esforços para reduzir o uso de combustíveis fósseis e o carvão, porém sem estabelecer prazos. O Brasil atualmente tem 48% de fontes renováveis na matriz energética, segundo a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético (SPE) do Ministério de Minas e Energia (MME).
O futuro da energia renovável
Segundo o mais recente relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), divulgado no início do mês, as energias renováveis devem responder por quase 95% do aumento da capacidade de abastecimento no mundo até 2026, com a fonte solar fornecendo mais da metade do incremento.
Ainda assim, a agência alertou que nos próximos cinco anos, as adições médias anuais de capacidade solar e eólica precisariam quase dobrar em relação às previsões atuais da instituição para que o mundo consiga atingir emissões líquidas zero até 2050, meta definida no Acordo de Paris para que consigamos limitar o aquecimento global a 1,5°C.
Nessa corrida contra o tempo, a colaboração e o financiamento dos governos e do setor privado são fundamentais para tornarmos possível uma transição energética justa e inclusiva.