Energia solar para irrigação

Pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal do Acre cria alternativa para que pequenos produtores possam irrigar plantação mesmo em áreas isoladas

Por Universidade Federal do Acre | ODS 7 • Publicada em 8 de setembro de 2019 - 10:11 • Atualizada em 14 de maio de 2020 - 12:05

Coordenador do Laboratório de Mecanização do Centro de Ciências Biológicas e da Natureza da Ufac, Leonardo Paula de Souza orienta aluno: sistema de irrigação alimentado por energia solar (Foto: Divulgação?Ufac)
Coordenador do Laboratório de Mecanização do Centro de Ciências Biológicas e da Natureza da Ufac, Leonardo Paula de Souza orienta aluno: sistema de irrigação alimentado por energia solar (Foto: Divulgação?Ufac)
Coordenador do Laboratório de Mecanização do Centro de Ciências Biológicas e da Natureza da Ufac, Leonardo Paula de Souza orienta aluno: sistema de irrigação alimentado por energia solar (Foto: Divulgação?Ufac)

“Uma alternativa de se fazer irrigação dependendo única e exclusivamente da energia solar”: assim o coordenador do Laboratório de Mecanização do Centro de Ciências Biológicas e da Natureza da Universidade Federal do Acre, Leonardo Paula de Souza, classifica o sistema de irrigação por gotejamento, alimentado por energia solar, instalado no campus-sede, que está sendo utilizado para pesquisa de irrigação de cultivares de feijão regional. O kit é composto por duas placas solares, um drive que converte a energia solar em energia elétrica e uma bomba d’água submersa; tem baixo custo e é indicado como alternativa para pequenos produtores que precisam irrigar pequenas plantações em propriedades que não contam com energia elétrica. O sistema funciona sem bateria e depende exclusivamente da energia solar.

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Segundo Leonardo, engenheiro agrícola por formação, a Ufac está seguindo para uma linha de pensamento que favorece a agricultura sustentável. “Podemos citar o feijão como exemplo: é uma cultivar que demanda pouca água para se desenvolver e, na época seca do ano, o pequeno agricultor pode cultivar um roçado de feijão irrigado, manter sua família e aumentar sua produção”, disse. “É importante que, para uso desse tipo de sistema, seja elaborado um projeto de irrigação por um engenheiro agrônomo, visando ao melhor aproveitamento e garantindo a irrigação correta”.

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O sistema de irrigação por energia solar está instalado na horta da Ufac e atualmente está sendo utilizado para pesquisa pelo estudante do curso de Engenharia Agronômica da Ufac, Francisco Gean dos Santos Mota. Ele pesquisa diferentes formas de irrigação para definir a quantidade ideal de água no solo para cada cultivar de feijão regional. O resultado da pesquisa será a base para o trabalho de monografia do estudante.

Área da pequisa na horta da Ufac: alternativa para que pequeno produtor possa irrigar sua plantação mesmo em áreas isoladas (Foto: Divulgação/UFAC)

Gean teve contato com o sistema durante a disciplina de Irrigação e Drenagem. “A partir daí surgiu interesse pela pesquisa e conversei com o professor para utilizar o sistema como forma de produzir com melhor custo-benefício, de modo que o pequeno produtor possa irrigar sua plantação mesmo em áreas isoladas, onde não tem energia elétrica”, explicou. O sistema solar é desenvolvido por uma empresa brasileira e foi comprado por meio de projeto de pesquisa financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Acre; está disponível para visitação.

Economia de energia

Pioneira no uso de energia solar no estado, a Universidade Federal do Acre iniciou agora em setembro um grande programa de economia de energia elétrica com a instalação de usinas solares, que devem reduzir em até 10% a conta de luz no campus de Rio Branco. Além das placas solares, a Ufac fará a troca de 14.225 lâmpadas para a tecnologia LED, e irá instalar medidores de energia em todos os prédios e de uma sala de comando de energia. Consta do programa a realização de pesquisas no campo da eficiência energética com 15 bolsistas, e a aquisição de uma estação meteorológica.  “A instalação de usinas solares reduzirá em até 10% as despesas com eletricidade no campus-sede”, afirmou Guida Aquino, reitora da Ufac.

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A série #100diasdebalbúrdiafederal terminou, mas o #Colabora vai continuar publicando reportagens para deixar sempre bem claro que pesquisa não é balbúrdia.

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