O estudo, publicado pelo site “Inhabitat”, revela que uma em cada quatro cidades do mundo já vive sob stress hídrico. Situação que ocorre quando a procura de água por habitante é superior à capacidade de oferta da região. Além de Tóquio, a relação inclui regiões metropolitanas importantes, como Nova Deli, Cidade do México, Pequim, Istambul, Moscou e Los Angeles. O Rio de Janeiro, que é totalmente dependente das águas do rio Paraíba do Sul, aparece em nono lugar numa lista das 20 cidades mais ameaçadas.
E a situação só tende a piorar. Até 2050 o mundo terá nove bilhões de habitantes, sendo que mais de um terço deste total fará parte da chamada classe média. O que aumentará muito a pressão por todo tipo de produto e a demanda por mais recursos naturais. Cálculos das Nações Unidas indicam que só o consumo de água deverá crescer cerca de 30%. Será necessário produzir 50% a mais de alimentos e 45% mais energia. Tudo isso sem considerar os efeitos que o aquecimento global pode provocar neste cenário.
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Veja o que já enviamosO Brasil vive uma situação inusitada, pois concentra 12% de toda a água doce do planeta, mas ela é mal distribuída e maltratada. Mais de 70% destes recursos hídricos estão na Amazônia e o que sobra sofre com a falta de saneamento e com o desperdício. Um trabalho feito pela Agência Nacional de Águas (ANA), em 2013, mostrou que, dos 29 maiores aglomerados urbanos do país, 16 precisavam achar novos mananciais para garantir o abastecimento nos próximos anos.