Secas, queimadas, enchentes, falta de água, falta de energia, falta de alimento, calor, frio e fome são algumas das consequências das mudanças climáticas. Resolvi aproveitar este espaço para descomplicar dois temas importantes neste debate climático: racismo ambiental e justiça climática, porque todos nós somos agentes importantíssimos de transformação quando o tema é meio ambiente.
Racismo ambiental é quando nós, os grupos mais vulneráveis da sociedade, sofremos diretamente os impactos da crise climática. Tem esse nome porque geralmente acomete povos indígenas, pessoas pretas, periféricas, quilombolas, beiradeiros. Também pode ser chamado de racismo socioambiental, porque muitas das vezes também abrange questões sociais.
Acompanhe seu colunista favorito direto no seu e-mail.
Veja o que já enviamosLíderes globais, chefes de estado, pessoas com maior poder aquisitivo, geralmente são quem discute sobre mudanças climáticas. São as pessoas que fecham grandes acordos de mitigação desses efeitos. Podem ter certeza que essas pessoas não sofrem os efeitos das mudanças climáticas como nós.
Fazer com que as pessoas que sofrem racismo ambiental estejam no centro do debate sobre mudanças climáticas, elaborando e construindo conjuntamente medidas efetivas de mitigação do combate aos efeitos da crise climática, é um caminho para se alcançar a justiça climática. Um sonho que ainda precisa ser vivido. Enquanto isso não acontece, vidas pretas, indígenas, quilombolas, seguem sendo perdidas pelo racismo ambiental.