Sobreviventes de um período eleitoral não tão tranquilo, superando socos, pontapés e cadeiradas, ultrapassamos a tempestade do primeiro turno em 2024. Agora, 15 capitais voltam às urnas para decidir quem será seu representante no fim de outubro, mas antes mesmo do próximo dia 27 chegar, o novo desafio está posto: precisamos pautar as mudanças no estado.
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Pode parecer uma loucura evidenciar questões que só tomarão a população “de assalto” daqui dois anos, mas é indissociável pensar que transformações calcadas nas metrópoles podem estar em sinergia com o macro, adequando cada realidade. É óbvio: o que for empregado no Rio não pode ser o mesmo em Duque de Caxias, ou o que rola em Olinda não é o mesmo não é o mesmo em Recife. Porém, é possível apreender o que dá – ou não – certo.
Uma das principais chaves que as capitais deveriam amadurecer para este pleito e que passou longe da agenda é o debate sobre urgência climática. Do contrário, seguiremos o roteiro de sempre: vem uma tragédia ambiental, prefeitos sobrevoam a região devastada em helicópteros, anunciam estado de calamidade pública e, distanciando-se de suas culpas, decretam verbas emergenciais, com apoio do governo estadual. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a capital estava tão desprevenida que o acontecido por lá descortinou a inação de todo o estado. Não deveria ser o contrário, desenvolvendo-se em temas que amparem as políticas públicas que podem furar a bolha, modificando até mesmo instrumentos nacionais, e vice-versa?
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Veja o que já enviamosMas engana-se quem achar que a pauta climática é somente atrelada ao meio ambiente. Não. O tema tornou-se um guarda-chuva que abarca a conjuntura de direitos fundamentais à vida digna, como acesso ao alimento, à saúde, à educação, à moradia e à renda, transversalizando o eixo. Régua e compasso têm, como os presentes no Plano Plurianual (PPA), principal instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal, que serve como bússola para o processo de alocação dos recursos públicos e para a atuação do governo. No documento, é a primeira vez que a pauta ambiental entra como agenda transversal no PPA, com o maior número de atributos em níveis estratégico, tático e gerencial, refletindo a complexidade dos problemas ambientais e climáticos.
Alguns tópicos são primordiais no dia a dia, como a prevenção e controle do desmatamento e combate a incêndios e enchentes; conservação, proteção e recuperação da biodiversidade; bioeconomia e qualidade ambiental em áreas urbanas e rurais.
Entender o que está neste plano faz com que se reoriente a rota dos fatos para o progresso em escala, trazendo uma nova perspectiva à vida brasileira, e assim, influenciar no projeto de país que queremos.
É sabido o que vencer, mas será que há ousadia para resolver essas questões antes dos próximos dois anos?
Está questão de emergência climática é um dever de todo cidadão e não política,cuidar e proteger o nosso planeta é responsabilidade de todo ser pensante do planeta,afinal de contas é nossa casa enquanto estivermos aqui, cuidar, proteger e fortalecer esse ambiente é nosso dever , o ser humano tem que se conscientizar de não destruir e sim proteger e uma questão de ver que está se matando ao destruir as árvores,o ar ,os animais, o solo, os mares , dependemos deles para viver sem eles morreremos , a falta de empatia está nos destruindo.