O objetivo da roda de conversas é planejar e construir diretrizes de longo prazo para a retomada dos negócios pós-pandemia, acelerando a transição para uma nova economia. Quinzenalmente, acontecem as discussões abertas entre as 60 empresas associadas, especialistas multissetoriais, e representantes do terceiro setor. O #Colabora é um dos apoiadores da iniciativa e vai acompanhar todos os debates.
[g1_quote author_name=”Valdemar Oliveira Neto” author_description=”CEO da WTT” author_description_format=”%link%” align=”left” size=”s” style=”simple” template=”01″]Além dos quatro setores econômicos atuais (setor primário, industrial, serviços e governo), veremos um quinto, híbrido e formado por diferentes atores da sociedade. Será a economia do cuidado.
[/g1_quote]Diante dos novos desafios impostos pela onda de coronavírus, é preciso pensar e agir: como materializar a necessidade de transportar as pessoas para o centro das estratégias e potencializar os impactos positivos nas cadeias produtivas? Representantes do Itaú e Natura – que fizeram parte do webinar – apontaram para alguns caminhos: I. Maior investimento ou participação na gestão da saúde pública; II. Eliminar a postura de competição e compartilhar ideias e tecnologias com empresas concorrentes; III: Promover mais ainda a diversidade e inclusão.
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Veja o que já enviamosSegundo Marina Grossi, presidente do CEBDS, a atual década é justamente o momento de implementação e ação para que a visão traçada para 2050 seja atingida. O documento Visão Brasil 2050 é uma agenda de negócios para o país com o foco em promover um futuro sustentável. Foi elaborado em discussões realizadas com 74 das maiores empresas brasileiras, associadas à CEBDS. “Estamos falando da construção de um novo modelo de capitalismo, que tem que ter propósito e impacto positivo para as pessoas; de um novo modelo de trabalho, que está em constante transformação em razão das novas tecnologias e agora em processo acelerado de mudança em função da crise do coronavírus; e de uma nova liderança, que precisa perceber que precisamos de novos paradigmas”, explicou Marina.
Repensando os modelos de negócios
Como as empresas, então, devem reorientar seus negócios para promover o bem-estar e combater a desigualdade social do país? A pergunta, feita por Luciana Nicola, superintendente de Relações Institucionais, Sustentabilidade e Negócios Inclusivos do Itaú, abriu o diálogo entre os participantes. “As empresas têm a capacidade de colocar as ações em rede e dar escala a elas. Nesse sentido, temos muito a contribuir quando falamos de modelos de negócios, novas formas de trabalho e capacidade de liderança”, acredita Luciana.
[g1_quote author_name=”Luciana Nicola” author_description=”Itaú” author_description_format=”%link%” align=”left” size=”s” style=”simple” template=”01″]As empresas têm a capacidade de colocar as ações em rede e dar escala a elas. Nesse sentido, temos muito a contribuir quando falamos de modelos de negócios, novas formas de trabalho e capacidade de liderança
[/g1_quote]O desemprego, sem dúvidas, vai ser uma das maiores heranças da pandemia do ponto de vista econômico. Estima-se que cerca de 8 milhões de pessoas fiquem sem trabalho no Brasil. “Além dos quatro setores econômicos atuais (setor primário, industrial, serviços e governo), veremos um quinto, híbrido e formado por diferentes atores da sociedade. Será a economia do cuidado. Teremos que garantir o trabalho mínimo, o cuidado com os idosos e crianças, produzir cultura e entretenimento. Temos que pensar em novas formas para garantir um mínimo de remuneração e renda”, acredita Valdemar Oliveira Neto, CEO da World-Transforming Technologies (WTT).
Para o executivo, esse novo paradigma levantado por Marina Grossi seria pautado pela adoção cada vez maior da relação “ganha-ganha”. Essa teoria indica que, dado o conflito, os dois lados envolvidos tentam encontrar uma solução juntos. A abordagem é uma oportunidade para chegar a um resultado mutuamente benéfico.
Combate à desigualdade social
Diante do cenário de desigualdade que a covid-19 escancarou, o setor privado se depara com esse desafio para que haja uma diminuição as mazelas sociais. “É preciso olhar para a educação de base e a economia tem que ser inclusiva, colaborativa e empática”, afirmou Amanda Da Cruz, coordenadora do Grupo de Trabalho sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Engajamundo.
[g1_quote author_name=”Amanda Da Cruz” author_description=”Engajamundo” author_description_format=”%link%” align=”left” size=”s” style=”simple” template=”01″]É preciso olhar para a educação de base e a economia tem que ser inclusiva, colaborativa e empática.
[/g1_quote]“O olhar para o modelo de desenvolvimento sustentável que faça com que essas pessoas tenham acesso à qualidade de vida, à renda e aos direitos humanos através da preservação é a maior contribuição que uma liderança executiva pode ter para construir esse novo normal”, defende a diretora global de sustentabilidade da Natura, Denise Hills. Para ela, o papel social das empresas deve ser a própria razão social. “Para isso, é preciso que ela incorpore o impacto social aos seus resultados”.
Amanda Da Cruz reforça ainda que o exercício da cidadania é igualmente importante nessa transformação. “Muitas vezes a mentalidade do brasileiro costuma terceirizar o problema. Por isso, é importante entender o nosso papel na sociedade e valorizar a nossa capacidade de promover as mudanças que buscamos”, conclui.
Próximos encontros
A webserie Visão 2050 é uma realização do CEBDS, com patrocínio do Itaú, da Vale, apoio da ERM, da KPMG, da SITAWI e apoio de mídia do Colabora. Os webinars podem ser vistos pelo YouTube do CEBDS ou pelo Zoom, onde é possível se inscrever para os próximos encontros aqui.
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