Carlos Pujo, drag queen, e Gabriel Fernandes, estudante de Cinema, têm em comum o amor pelo futebol. O primeiro, de Porto Alegre, deixou de lado o esporte na adolescência ao se descobrir gay e sentir na pele o preconceito existente na modalidade. O outro, de Niterói, se cansou das piadas machistas e homofóbicas tão presentes dentro e fora dos gramados. Mas Carlos e Gabriel, assim como vários outros amantes das famosas ‘peladas’, encontraram nos times gays a solução para unir paixão e respeito. Representando o “Futebol Magia” e o “BeesCats”, respectivamente, os dois se juntaram, na Champions LiGay, a mais seis equipes de diferentes partes do Brasil: Unicorns – SP; Futeboys – SP; Bharbixas – MG; Bravus – Brasília; Sereyos Futebol Clube – SC e Alligaytors – RJ.
O primeiro Campeonato de Futebol Gay do Brasil aconteceu no Rio de Janeiro no dia 25 de novembro. “A maioria dos jogadores sempre falam que não jogavam bola porque se sentiam constrangidos de alguma forma em jogar em times tradicionais porque os xingamentos são todos com conotação homossexual. Você acaba se sentindo agredido”, diz Jonatas Xavier, um dos organizadores do evento em prol da tolerância.