Foi um raio que passou nas nossas vidas. O Rio de Janeiro viu Bolt ganhar mais três medalhas de ouro, conquistar a todos com simpatia e brincadeiras, sambar no pé como um passista, torcer pela seleção brasileira de futebol, virar ‘parça’ de Neymar, beijar muito em boate, passar a noite com jovem e ainda posar para uma selfie com ela, pulando das manchetes esportivas para as dos sites de celebridade. Aos 30 anos completados aqui no Rio, o velocista jamaicano parece não querer perder tempo mesmo, inclusive em outra área: a filantropia.
A fundação – que leva o nome dele – promove transformação social por meio da educação e da cultura. O foco de atuação principal é a Jamaica – o atleta ganhou o mundo, mas suas raízes estão bem fincadas em sua terra natal, especialmente na frequesia de Trelawney, área rural onde cresceu.
[g1_quote author_description_format=”%link%” align=”none” size=”s” style=”solid” template=”01″]Mas se alguém ainda tem alguma dúvida da importância da escola para formar grandes atletas, Bolt está aí para comprovar. O homem mais rápido do mundo, dono de nove medalhas de ouro olímpicas, descobriu e se desenvolveu no atletismo colégio de ensino médio, a William Knibb High School
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Veja o que já enviamosNome mais bem pago do atletismo, com uma renda anual de US$ 30 milhões, o campeão olímpico não só faz doações como usa com maestria suas mais de uma dezena de marcas de patrocinadores para arrecadar fundos para as causas que apóia.
Uma dessas é a educação, ainda que ele nem tenha curso superior. Apesar das muitas propostas de universidades americanas, que sonhavam com o jovem Bolt em suas pistas, ele decidiu se profissionalizar cedo.
Mas se alguém ainda tem alguma dúvida da importância da escola para formar grandes atletas, Bolt está aí para comprovar. O homem mais rápido do mundo, dono de nove medalhas de ouro olímpicas, se desenvolveu no atletismo em seu colégio de ensino médio, a William Knibb High School. A instituição, conhecida por formar atletas, passou por dificuldades no ano passado e recebeu US$ 1,3 milhão de Bolt, além de fornecimento de equipamentos esportivos por longo prazo.
“William Knibb teve um papel importante no atleta que eu sou hoje. Sempre vou fazer tudo o que puder para retribuir”, disse Bolt, em 2015, quando fez a doação. Sua escola primária também recebe constantemente apoio do atleta.
Ainda com foco em escolas jamaicanas, a fundação de Bolt apoiou por duas edições, com patrocínio da Sansung, um camponato de futebol que reuniu mais de 50 colégios de zonas urbanas e rurais.
Em Sherwood, uma localidade de Trelawney, o velocista doou US$ 4 milhões para reformar o centro de saúde, mais uma vez fazendo parcerias com várias empresas. “Retribuir para minha comunidade é uma honra. Eu me lembro dos meus dias de encrenqueiro em que vivia cheio de cortes e a senhorita Pansy sempre cuidava de mim. Essa é a minha forma de mostrar à comunidade que eu ainda me importo, que os amo e que continuarei a fazer isso sempre que possível”.
Outros projetos para jovens jamaicanos foram a construção de uma pista multiesportiva, levantar fundos para cirurgias cardíacas pediátricas, mais parceiras com a Sansung para promover workshops de fotografia para estudantes.
Por conta dessas e outras ações, Bolt ganhou o Prêmio Júpiter da United Way uma ONG, que trabalha no desenvolvimento infantil. Em parceria com a ONG, o velocista contribuiu para programas de educação infantil e também para a reforma de escolas. Na época ele foi descrito com um “filantropo com paixão por ajudar crianças”.