O Dia Internacional da Biodiversidade, celebrado em 22 de maio, é um lembrete poderoso do papel essencial da natureza para a vida no planeta. Mais do que uma data simbólica, é uma convocação à reflexão sobre como preservar a biodiversidade não é apenas uma causa ambiental — é uma condição para garantir a resiliência climática, a segurança hídrica e o equilíbrio dos ecossistemas que sustentam as nossas vidas, as cidades e as economias.
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O Brasil está entre os países com maior diversidade de espécies de flora e fauna do mundo, reunindo milhares de tipos diferentes de plantas, animais e microrganismos, distribuídos em biomas únicos como a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica. Proteger essa riqueza natural vai além da conservação: trata-se de reconhecer seu papel essencial no equilíbrio climático, na segurança hídrica, na fertilidade dos solos e na qualidade de vida nas cidades.
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Veja o que já enviamosNeste contexto, ganham força as Soluções Baseadas na Natureza (SBN) — iniciativas que se valem dos próprios ecossistemas para enfrentar problemas sociais, climáticos e ambientais. A restauração de florestas, a preservação de zonas úmidas e a implementação de infraestrutura verde em áreas urbanas são exemplos práticos de como é possível promover o desenvolvimento sustentável utilizando biodiversidade.
As SBNs ajudam a capturar carbono da atmosfera, regulam o ciclo da água, protegem contra desastres naturais e garantem habitats vitais para a fauna e flora. Também oferecem benefícios econômicos concretos, como geração de empregos verdes, estímulo ao turismo sustentável e melhora da qualidade de vida nas cidades.
Essas soluções estão cada vez mais presentes em projetos de planejamento urbano, infraestrutura resiliente e estratégias de adaptação às mudanças climáticas, inclusive no Brasil. Grandes centros urbanos e regiões vulneráveis já começam a incorporar essas abordagens, demonstrando que o respeito à biodiversidade pode — e deve — caminhar com a inovação, a engenharia e o planejamento urbano.
A data também é um convite à colaboração: governos, empresas, comunidades e organizações da sociedade civil precisam somar esforços para que as soluções inspiradas na natureza deixem de ser exceção e sejam parte da regra.
Investir em biodiversidade é investir em um futuro mais equilibrado, com ambientes mais resilientes, comunidades mais saudáveis e economias mais sustentáveis. A natureza, afinal, não é um obstáculo — é parte essencial da solução.