(Reportagem publicada originalmente no Coca-Cola Journey)
“Olá, você foi selecionado para ser Jovem Aprendiz na Coca-Cola Brasil”. Ao ouvir essa mensagem ao telefone, os 15 jovens que hoje integram a segunda turma do programa na empresa foram tomados por uma série de expectativas. A principal era aprender ao máximo, mas eles foram surpreendidos ao notar que as palavras-chave nesse processo seriam “autonomia” e “empoderamento”. Isso porque, desde o início, cada jovem é integrado a uma área da companhia, passa a ter projetos próprios nessa equipe e é motivado a organizar e propor workshops, criando novas chances de aprendizado. “A gente é parte do time mesmo, e os gestores incentivam esse comportamento proativo. ‘Conhecimento nunca é demais’, eles dizem”, conta Suellen Pessanha, de 21 anos, aprendiz em Estratégia e Inovação (S&I), animada com o quanto sua opinião já era requisitada logo no começo por colegas de diferentes cargos.

Para quem acabou de chegar ao mercado de trabalho esperando ser um aprendiz, essa demanda por proatividade pode assustar um pouco. Mas, além de contar com treinamento e com todo apoio dos gestores, a turma tem um auxílio especial: seis ex-aprendizes, do grupo de 2017, hoje são estagiários. Inclusive a dona da voz ao telefone, Iasmim de Souza, de 21 anos, efetivada em Recursos Humanos. “Acompanhei todo o processo seletivo e liguei para grande parte do grupo dando a boa notícia. Eu estava com coração na mão, vibrando e gritando por dentro, mas segurei a onda e fui superprofissional”, confessa a estudante de psicologia. “Sei muito bem pelo que estão passando e, por isso, converso sobre como foi a minha experiência, sobre erros e acertos, e bato forte na tecla da importância de fazer valer o tempo em que estão no programa, sem perder o foco pensando se serão efetivados ou não. Eles até já criaram o jargão ‘agarra essa oportunidade’, de tanto que eu e Thiago Jacques (analista do RH) falamos isso para eles”, ela conta.
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Veja o que já enviamosNo dia a dia, nem todos têm contato direto com os ex-aprendizes. Mas acontece muito o que chamam de “integração”, quando um ou mais funcionários são convidados para falar sobre uma experiência ou área de conhecimento. E os próprios jovens aprendizes podem e devem sugerir esses encontros. Este ano, Iasmim organizou um encontro sobre empoderamento. Já a estagiária Milene Gomes, de Marketing, também ex-jovem aprendiz, foi convidada a falar sobre diversas formas de aproveitar o programa, e contou como foi importante se organizar financeiramente para bancar um intercâmbio e aprimorar o inglês. Bruno Monteiro, da área de Tecnologia da Informação, ministrou um curso de dois dias para a galera. “Além da Iasmim, o Bruno também ‘sofre’ um pouco com a gente. Por ser de TI, sempre pedimos algum auxílio a ele”, comenta o aprendiz Eduardo Ferreira, de 19 anos, de Técnica e Logística. Aprendiz no Jurídico, Caroline da Silva, de 20 anos, enxerga os ex-aprendizes como referencial: “Ter alguém com realidade semelhante à nossa prosperando na empresa é inspirador. Conforme eles crescem, nos incentivam a buscar esse crescimento. E isso mostra que nós também podemos ser exemplos para outros jovens”.
Segundo Alessandra Nogueira, gerente de Aquisição de Talentos da The Coca-ColaCompany na América Latina, o objetivo é dar cada vez mais esse enfoque no potencial dos aprendizes durante o programa. “Há toda uma formação e um acompanhamento do desempenho de cada um, é claro, mas a nossa ideia é inseri-lo na área e empoderá-lo, incentivar essa rede colaborativa. É como um trabalho de coach, mesmo”, explica, destacando os benefícios dessa forma de gestão para toda a empresa: “Além de ver pessoas tão jovens já inspirando os recém-chegados, acontece uma troca incrível também entre gerações. Meu sonho é chegar a ter executivos vindos do Jovem Aprendiz”.
O ‘bonde’ do Coletivo
Este ano, a turma é, em geral, um pouco mais “velha” do que a do ano passado. Os jovens têm entre 18 e 21 anos, e boa parte já cursa universidade. Diferentemente da primeira edição, o processo seletivo foi feito em parceria com o Instituto Coca-ColaBrasil e contou exclusivamente com ex-participantes do programa Coletivo Jovem no Rio de Janeiro, com mais de 400 concorrentes de toda a região metropolitana. Assim, os jovens já tinham cursado disciplinas que ajudariam nesse processo de adaptação à rotina na empresa. Antes de começar o trabalho na Coca-Cola Brasil, a turma ainda passou 20 dias em treinamento na Associação São Martinho, rede responsável pelo Jovem Aprendiz este ano. Ou seja, já chegaram enturmados e no clima do programa.
O formato segue o mesmo de 2017: carga horária de seis horas, com revezamento entre quatro dias de atividades práticas na empresa e um de treinamento na associação. O Passaporte do Conhecimento, programa voltado para estimular o aprendizado contínuo, com cursos e palestras — como aulas de Excel, planejamento pessoal e financeiro, entre outros — definidos mensalmente, também continua a todo o vapor. Os jovens não têm obrigação de realizar todos os cursos propostos, mas, segundo Alessandra, acabam “devorando” o passaporte e carimbando aulas além do previsto.
Conheça essa galera:
COCA-COLA BRASIL
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