Enchentes na Bahia e gafanhotos na África fazem parte da lista que inclui seca no Sudeste do Brasil, calor de 50 graus no Canadá e inundações na Europa. Confira.
O ano terminou com o país assustado com as enchentes no sul da Bahia. Temporais foram provocados por três fatores: a Zona de Convergência do Atlântico Sul; o fenômeno La Niña e a formação de depressão subtropical.
A depressão subtropical é um evento marcado pela formação de nuvens, ventos, tempestades e agitação marítima – no Atlântico Sul, provocada por um aquecimento das águas, ligada à crise climática.
A crise hídrica brasileira provocou racionamento de água em cidades de SP e MS. Especialistas dizem que a estiagem recorde em 91 anos está relacionada ao desmatamento da Amazônia e à crise climática.
No estado americano do Texas, nevascas nunca vistas em 50 anos deixaram mais de 200 mortos e congelaram a rede elétrica.
A cidade de Lytton, no oeste canadense, registrou 49,6º C – recorde no país e a 1ª vez que um calor acima de 49º C foi registrado desde 1937.
Chegou a 240 o número de mortos nos cinco países – Alemanha, Bélgica, Holanda, França e Luxemburgo – atingidos em junho pelas enchentes provocadas por temporais.
Dos furacões e tempestades tropicais no Atlântico Norte, o mais impressionante para os meteorologistas foi o Ida que, em menos de dois dias, passou de nível 2 para nível 4 sobre a Louisiana.
Mais de 300 pessoas morreram nas enchentes da província de Henan, atingida pelas mais intensas tempestades em um milênio. Meteorologistas explicaram o evento extremo como reflexo da crise climática.
No país já devastado pela guerra, inundações obrigaram mais de 800 mil pessoas a deixarem suas casas. As enchentes provocaram pelo menos 80 mortes no país.
Pelo 2º ano consecutivo, países da África Oriental enfrentam uma praga de gafanhotos, consequência da seca extrema provocada pela crise climática.
Em dezembro, 41 tornados atingiram o sudeste dos EUA em apenas 24 horas. Especialista Deanne Crisswell destacou: “Os efeitos que estamos vendo com as mudanças climáticas são a crise da nossa geração”.