A entrada de Linn da Quebrada no BBB foi repleta de significados. A camisa escolhida traz Anastácia, uma mulher negra escravizada, símbolo de resistência. A obra é do carioca Yhuri Cruz.
Anastácia foi condenada a usar a Máscara de Flandres - mordaça - para o resto da vida por resistir à violência sexual de um branco. Essa é a obra original com o rosto dela, de 1817, de Jacques Arago.
A camisa de Linn vem com uma releitura, um trabalho intitulado “MONUMENTO À VOZ DE ANASTÁCIA”, de Yhuri Cruz. Nela, Anastácia aparece com um leve sorriso e livre da mordaça.
A camisa foi pensada exclusivamente para a entrada de Linn no reality. Segundo o artista, que teve seu trabalho repercutido em diversas mídias, eles queriam uma imagem de liberdade radical.
“Em ‘Monumento à voz de Anastácia’, ergo um monumento à voz dela. Uma voz negra, feminina e de luta pela resistência”, já afirmou Yhuri.
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Nascido em 1991, Yhuri é escritor, artista visual, dramaturgo e graduado em Ciência Política e pós-graduado em Jornalismo cultural.
"Desenvolve sua prática artística a partir de configurações poéticas entre o fantasmagórico e o real, buscando dar conta do que denomina memórias subterrâneas e da necropolítica como plano neocolonial"
- diz parte de texto biográfico.
Anastácia veio do Congo, no século XVIII. Reagiu e lutou contra o sistema escravagista, suportou os maus tratos por anos e foi canonizada em religiões afro-brasileiras.
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