RACISMO
AMBIENTAL

Com a ativista Amanda Costa,
convidada do Podcast #DáumReload.
ATIVE O SOM

Entenda mais sobre 

Amanda Costa, 25 anos e moradora de Brasilândia (SP), é formada em Relações Internacionais e conselheira Jovem do Pacto Global da ONU. Começou sua trajetória de ativismo climático na ONG Engajamundo.

A ativista foi convidada para o podcast #DáumReload, disponível no Amazon Music, e aqui  você confere um resumo dessa conversa.

Em suas discussões, relaciona assuntos como crise climática e desigualdade social.

O que significa o termo "racismo climático"?

O termo racismo climático, ou racismo ambiental, surgiu em 1981 com o Dr. Benjamim Chavis Jr. Naquele momento, ele investigava porque resíduos tóxicos eram destinados para bairros do subúrbio dos EUA.

"Todo mundo está acompanhado todo esse descaso ambiental atravessando a nossa sociedade... mas será que é justo?"

"Quando a gente pensa hoje, crise climática... os principais impactados não são as pessoas que mais contribuíram para esse modelo."

O que significa o termo "justiça climática"?

O termo "justiça climática" surge em 1999, também nos Estados Unidos. Enquanto o racismo ambiental é relacionado a raça, a justiça climática engloba amplamente todas as classes

A partir de que momento você passou a se dedicar ao ativismo ambiental?

Amanda conta que desde a infância se questionava sobre questões ambientais, como a reciclagem na sua região. Isso evoluiu quando entrou na faculdade e iniciou uma pesquisa sobre o tema Depois, ganhou uma bolsa para participar da COP 23

"Por que será que eles não davam o microfone pra mim?"

Um dia questionou: "Tem pessoas falando sobre o meu lugar, mas sem ter essa propriedade. Um monte de homem branco falando sobre como a crise climática vai impactar as pessoas mais vulneráveis..."

"Eu tinha o conhecimento empírico, do que eu vivia dia após dia, e tinha o conhecimento teórico... Hoje eu entendo que ter um espaço de fala como esse simboliza poder. E numa sociedade estruturalmente racista e machista, a mulher negra não merece esse poder."

Como foi participar das COPs (Conferências das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas)?

"Na última COP (26) o meu trabalho foi acompanhar principalmente os tomadores de decisão a nível do Brasil... levando uma incidência climática no sentido decolonial, antirracista e jovem."

"Eu ficava pistola, um monte de homem branco discutindo carro elétrico... Nem falavam da parte que nossa nação voltou para o mapa da fome. 50% da nossa sociedade não têm acesso a saneamento básico e a gente está falando de carro elétrico."

O podcast é uma produção original do Amazon Music, realizada pela Agência Pública de Jornalismo Investigativo. A apresentação é da  Letícia Wexell.

Ouça o episódio na íntegra

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Edição: Guilherme Leopoldo

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