Violência
Obstétrica

Uma a cada quatro brasileiras sofre algum tipo de violência durante a gravidez.

Foto: Andrea Leal
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Violência obstétrica é qualquer abuso sofrido por mulheres enquanto gestantes, durante ou pós-parto. A OMS classifica como violação dos direitos humanos. Alguns países tratam como crime.

Foto: Débora Silveira

A Organização Mundial de Saúde classifica os tipos de violência que podem acometer as mulheres durante a gestação ou no período pós-parto.

Foto: Andrea Leal

- Procedimentos desnecessários ou não autorizados.

- Má estrutura do sistema de saúde.

- Mau relacionamento entre profissionais e pacientes.


- Abuso físico, sexual ou verbal. Preconceito.

Segundo a OMS, mais de 800 mulheres morrem todos os dias devido a complicações na gravidez ou parto no mundo. No Brasil, ainda são comuns procedimentos desnecessários e comprovadamente danosos.

Foto: Marie Bienaimé / AFP

O exemplo mais comum é a indução médica do parto por cesariana. Esse procedimento deveria ser feito apenas quando o parto normal coloca em risco a vida da mãe ou do bebê. O Brasil é o 2º país que mais realiza. 

Outro procedimento é a episiotomia, comprovadamente danosa para a saúde da mulher. O Brasil tem uma taxa hoje de 53,5% de incidência deste procedimento, enquanto a recomendação da OMS é de 10%.

No interior, muitas vezes, o médico toma o protagonismo que deveria ser da mãe.

O 'ponto do marido' é um procedimento irregular que aproveita da episiotomia para alterar a região íntima da mulher, proporcionando mais prazer ao companheiro. 

O Ministério da Saúde, apesar de reconhecer o direito de mulheres usarem a expressão "violência obstétrica", decidiu, em 2019, não usar termo em suas normas e políticas públicas.

Foto: Andrea Leal

As irregularidades praticadas no momento do parto são uma prática "comum" no âmbito acadêmico, onde alunos de medicina são ensinados a  realizar esses procedimentos. Uma graduação menos humano e mais intervencionista. 

Vídeo feito pelo Canal Reload com o #Colabora. Clique e assista na íntegra

O parto deve ser o mais humano possível, livrando a mãe ou o bebê de riscos. A prioridade nas graduações precisa ser o parto natural, para interromper uma medicina machista e violenta.

180 - Central de
atendimento à mulher.
136 - Disque Saúde.

 A denúncia contra a violência obstétrica pode ser feita nos hospital onde a paciente foi atendida ou na Secretaria de Saúde responsável pelo estabelecimento.

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Reportagem: Ana Luiza Mader
WebStory: Guilherme Leopoldo
Vídeos: @canareload

Foto: Fernando Audibert / Freeimages