Na "Veneza brasileira", edifícios de luxo e palafitas dividem as beiras dos rios.
Foto: Bruno Lima/MTur
No fim de 2020, com dados antes da pandemia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) classificou o Recife como a capital mais desigual do país.
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Para descrever o cenário, o repórter Victor Moura percorreu de bicicleta quase 170 km. Beirando as margens de alguns rios, ele registrou a evidente desigualdade da capital.
Foto: Victor Moura
O mais conhecido e desigual da capital. Edifícios de alto padrão, palafitas e sobrados dividem o mesmo ecossistema. Desigualdade se apresenta de maneira explícita.
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O percurso se inicia na Zona Oeste. No passado, as terras locais eram de senhores de engenho. Desde então, heranças coloniais, como a segregação racial, continuam sendo realidade.
Foto: Victor Moura
Em Recife, mais de 75% das pessoas que formam as comunidades mais carentes são pretas e pardas. Lá, muitas pessoas encontram água, mas não encontram pontes em seu caminho.
Foto: Victor Moura
Recife hoje tem 99 canais, ou, ex-rios e riachos que foram rebaixados. Nos anos 90, o Jordão teve seu leito de curso d’água comprimido para abrir os caminhos para o “desenvolvimento”.
Muito da não existência de pontes vem da relação historicamente abusiva com as populações das “áreas alagadas”. E não de agora, o “solo seco” significa a exclusão dessas pessoas.
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Com a canalização do ex-rio Jordão, houve um crescimento do sistema viário e do setor imobiliário. Não por acaso, suas “águas secas” passam por Boa Viagem, um dos mais ricos.
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Ao contrário do Capibaribe, que corta bairros nobres, o Beberibe corre pela periferia da capital pernambucana e acolhe em sua ampla maioria populações pobres.
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Do lado recifense, já não há moradores na margem fluvial e as obras de infraestrutura, ocupam a rua. Do lado olindense nada está sendo feito. E se amontoam casas em precariedade.
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Para ambos os casos, o meio ambiente, que não se sujeita a divisas, continua farto de entulhos, lixo e bichos que pelo lixo são atraídos.
Foto: Victor Moura
Recife e Olinda compartilham o aniversário, a história, o carnaval e o turismo. Mas também o cinza da Bacia do Beberibe, suas mazelas explícitas e pontes invisíveis.
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