Foto: Sérgio Hanquet/Fiosphoto
Por Oscar Valporto
o inimigo da vida marinha
Estudo encomendado pela organização ambientalista WWF (Fundo Mundial para a Natureza) aponta que a poluição plástica atinge 88% das espécies marinhas.
Foto: Fundação Pró-Tamar
Pesquisa indica que a poluição plástica, além de entrar na cadeia alimentar nos oceanos, está afetando alguns dos ecossistemas marinhos mais importantes do mundo, como recifes de corais e manguezais.
Pesquisadores compilaram 2.590 estudos para medir o impacto de plásticos e do microplásticos: entre 19 e 23 milhões de resíduos plásticos chegam ao mar anualmente.
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Os efeitos do plástico no mar: mortes, lesões, restrição de movimentos, alteração na absorção dos alimentos, crescimento afetado, mudanças na reprodução e na função celular.
Foto: Márcia Folleto
Principais efeitos negativos dos plásticos
1) Emaranhamento
Cordas, redes e linhas de pesca abandonadas, perdidas ou descartadas envolvem animais no mar e causam estrangulamento e morte.
Foto: Custódio Coimbra
No Havaí, por exemplo, as linhas de pesca enredaram 65% das colônias de corais de Oahu; 80% dessas colônias estavam total ou parcialmente mortas.
2) Ingestão
Animais marinhos – de baleias até o plâncton – ingerem plástico, o que afeta a absorção de alimentos, levando a bloqueios nos sistemas digestivos e lesões.
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Estima-se que até 90% das aves marinhas e 52% de todas as tartarugas marinhas atualmente ingerem plásticos; há registro de plástico no organismo de golfinhos e moluscos.
Foto: Paulo de Oliveira/AFP
3) Asfixia
O plástico priva corais, esponjas e animais que vivem no fundo do mar de luz, comida e oxigênio, tornando os sedimentos deficientes em oxigênio e reduzindo o número de organismos.
Foto: Custodio Coimbra
A pesquisa cita ainda estudos sobre a pesca do bacalhau, um dos mais comercializados, apontando que até 30% dos espécimes do Mar do Norte tinham microplásticos no organismo.
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De acordo com a WWF, a produção de plástico deve mais que dobrar até 2040 e a poluição plástica no mar triplicar. Aumento de 50 vezes de microplásticos oceânicos até 2100.
Foto: Custódio Coimbra
O estudo será encaminhado à Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente, que será reunida no Quênia no começo de março, com a meta de alcançar um acordo global para reduzir a poluição plástica.