Por Letícia Lopes

E a política de combate à hanseníase no Brasil.

HOSPITAIS
COLÔNIA

This is a paragraph (p)

This is a paragraph (p)

This is a paragraph (p)

This is a paragraph (p)

Durante quatro décadas, a política de combate à hanseníase no Brasil consistia em internar pacientes à força e separar pais de filhos.

As colônias, onde ficavam os doentes, eram minicidades com casas, praças, igreja, escola e delegacia. Eram cercadas por muros altos e as pessoas diagnosticadas ficavam confinadas até o fim da vida.

As colônias de leprosos ou leprosários, como eram conhecidas, reforçaram o preconceito contra uma doença que deixa de ser transmissível ao ser tratada e tem cura para a maioria das pessoas.

A precariedade de registros e a escassez de documentos ao longo das décadas fez com que não existam números exatos de quantas pessoas foram forçadas a seguir para os “leprosários”.

Um dos poucos dados existentes é da década de 1950, que falava em 60 mil doentes internados até aquele momento.

Brasileiros doentes de hanseníase já viviam separados do convívio em sociedade desde o século XVIII, mas foi na década de 1920 que os primeiros “leprosários” foram construídos no país.

No entanto, somente na década de 1930, no primeiro Governo Vargas, foi sistematizada uma política pública de combate à doença, sob comando do ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema.

A estratégia do governo estabelecia um modelo tripé de atuação: pessoas com casos suspeitos eram colocadas em observação em dispensários, enquanto quem tinha a doença era internado em colônias

Já os filhos de doentes eram retirados de seus pais e levados para os preventórios. O afastamento valia tanto para crianças e adolescentes quanto para bebês nascidos dentro dos “leprosários”.

O país chegou a ter 102 dispensários, 21 preventórios e 36 hospitais-colônia, mas com uma concentração maior desses espaços na região Sudeste.

No RJ eram três colônias, dois preventórios e 13 dispensários. O estado era o segundo do país com mais instituições, ao lado de Minas e abaixo de São Paulo, que chegou a contabilizar 54 aparelhos.

A vida na cidade mais pobre do país.

Webstory: Guilherme Leopoldo

Leia também: