Por Alice de Souza, Héctor Villa León, Jhoandry Suarez e Zoila Antonio Benito. 

Racismo, invisibilidade e
falta de atenção.


AMÉRICA LATINA

LÚPUS NA

Brasileiras e outras mulheres da América Latina, sobretudo da Colômbia e Peru, sofrem com o lúpus, doença autoimune que pode afetar articulações, rins, células sanguíneas, cérebro, coração e pulmões.

Atrasos no diagnóstico, falta de especialistas e demora nos exames, levam ao agravamento e comprometimento dos órgãos vitais.

Além da falta de visibilidade da doença em geral, as mulheres afrodescendentes, maioria entre as portadoras de lúpus, enfrentam ainda racismo e desinformação.

As condições de vida das pessoas interferem no seu processo de adoecimento. É fundamental levar em conta as vulnerabilidades dessas mulheres, desde a moradia até a educação.

Segundo o Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro: 87% das mortes vinculadas à doença entre 2016 e 2020, foram de mulheres. Do total de óbitos nesses mesmos anos, 47% foram de mulheres negras.

Um estudo publicado em 2017 na Revista Brasileira de Reumatologia estima que há entre 150.000 e 300.000 pacientes com a doença no país.

Na Colômbia, o número de casos de lúpus relatado por médicos aumentou constantemente, de 23.777 em 2015 para
52.944 em 2021.

No Peru, 16.000 casos foram relatados em 2020, mas os pesquisadores acreditam que o número pode ser maior, pois muitos médicos ainda não conseguem diagnosticar corretamente os sintomas do lúpus.

A maioria das mulheres afetadas pelo lúpus estão em idade produtiva. Os desafios impostos pela doença não as impedem de enfrentar a discriminação, de trabalhar ou mesmo ter filhos.


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FOTOS:
Rafael Martins
Miguel Vásquez
Charlie Cordero

*Este projeto foi desenvolvido com o apoio do Departamento de Educação Científica do Instituto Médico Howard Hughes e da InquireFirst.

Uma jovem contra a
pobreza menstrual

Edição: Guilherme Leopoldo
Coordenação: Yuri Fernandes

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