Por: Yuri Fernandes

Um "herói de guerra" em uma época incapaz de aceitar sua existência. 

ALAN TURING

Turing nasceu em 1912 na em Paddington, Inglaterra. Ainda na infância, já dava sinais de ser mais inteligente que a média. Resolvia problemas avançados sem sequer ter estudado cálculo elementar. 

Conheceu, aos 16 anos, Christopher Morcom, grande amigo que também era apaixonado pela matemática. É tido como o primeiro amor de Alan.

Sua homossexualidade não era um segredo para seus próximos, apesar de ser proibida no país.

Tornou-se um ‘gênio matemático’. Ajudou a decifrar os códigos usados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, o que encurtou a guerra em dois anos e salvou 14 milhões de pessoas.

Não à toa, é considerado uma das mentes mais brilhantes do século 20 e o “pai da computação” por ter desenvolvido a base da computação moderna

Mas Turing, como dito, era homossexual, considerado ilegal na Inglaterra até 1967. Foi, então, condenado, por volta dos 40 anos, por “indecência grosseira” por estar em uma relação com outro homem. 

É a mais famosa vítima da homofobia institucionalizada na Inglaterra. Teve que “escolher” entre a prisão ou um “tratamento” para reduzir sua libido. Tratamento bem entre aspas. Era castração química

Escolheu a segunda alternativa e, no ano seguinte, ele foi submetido à impotência e ginecomastia. Tudo para “curar suas predileções homossexuais”.

Foi impedido de seguir seu trabalho de consultor de criptografia para o governo e proibido de
entrar
nos EUA. 

Em 1954, Turing morreu por ingestão de cianeto. Existem controvérsias em relação à causa. Um inquérito determinou que ele havia cometido suicídio, embora a causa exata nunca tenha ficado clara.

Essa lei foi batizada informalmente
com o nome de Turing.

Só em 2017 uma lei cancelou a condenação de todos aqueles homens que foram injustamente perseguidos antes do fim da legislação homofóbica

O legado de Alan Turing se mantém vivo, tanto na área científica, como na existência e proliferação dos computadores. E, claro, na luta pelos direitos LGBT+

Edição: Guilherme Leopoldo

10 exemplos de LGBTfobia que podem ser denunciados

LEIA TAMBÉM: