por Cristina Bacelar
O louva-a-deus ganhou esse nome porque, pousado, lembra uma pessoa orando.
Os antigos acreditavam que encontrar um louva-a-deus era sinal de sorte, pois ele indicaria o caminho para algo ou alguém perdido nas matas.
O Brasil ocupa o primeiro lugar, no mundo, em número de espécies desse inseto. Estima-se que o país abrigue 700 – são cerca de 2.500 em todo o planeta.
O inseto possui uma cabeça triangular, tem seis pernas, sendo que as duas dianteiras são raptoriais, ou seja, preparadas para rapidamente agarrar suas presas.
São os únicos insetos que podem dar um giro de 180 graus com a cabeça e, pelo que se sabe, também os únicos que enxergam em 3D.
Geralmente, apenas os machos podem voar e vivem cerca de um ano, o que é muito para um inseto.
Apesar de seu pequeno tamanho, os louva-a-deus são extremamente fortes. Comem de tudo, moscas, pulgões, mosquitos, percevejos e até beija-flor.
É comum encontrar essa espécie com a cor verde, entretanto, possui uma grande variedade de formas e cores, mimetizando flores, folhas secas, galhos, musgos, troncos e até pedras.
O canibalismo sexual do louva-a-deus é muito conhecido: a fêmea devora a cabeça do macho assim que se completa o ato de acasalamento.
Estudos apontam que essa prática da espécie pode ser referente às temperaturas climáticas em regiões europeias e estadunidenses.
O frio extremo dificulta a busca por alimentos, e dessa forma, a fêmea comeria a cabeça do consorte para receber nutrientes que garantam a sobrevivência dos muitos ovos que estão por vir.
Uma fêmea louva-a-deus pode colocar até 150 ovos por vez. Eles ficam dentro de uma cápsula bastante dura, resistente às intempéries e aos predadores, chamada de ooteca.