por Liana Melo

O ATIVISMO AMBIENTAL
DA GERAÇÃO Z

Com papel, caneta e tecnologia, Vitória Pinheiro, Lídia Guajajara e Amanda Costa incorporam pautas sociais e denunciam preconceitos, racismo e estereótipos no combate à crise climática. Conheça!

VITÓRIA
PINHEIRO

Terceira brasileira a ser nomeada para o Programa de Jovens lideranças na Comissão Europeia e primeira pessoa trans no mundo a ocupar um assento nesta instituição.

De origem afro-indígena, nascida e criada em Zumbi dos Palmares, bairro da periferia de Manaus (AM), Vitória personifica os novos ativistas do clima da Geração Z.

Vitoria tem 25 anos e não separa a crise climática de outras pautas, como a identitária, a desigualdade social, a falta de moradia e o saneamento básico.

“Está tudo junto e misturado, e as pessoas mais afetadas pelo aquecimento global são, justamente, as ignoradas, as silenciadas, as invisibilizadas

LÍDIA
GUAJAJARA

Influencer e comunicadora do coletivo Mídia Índia, tem 25 anos e vive na Terra Indígena de Araribóia, localizada no sul do Maranhão.

A jovem militante adotou o ativismo digital como sua força, e através das suas redes sociais, vem engajando cada vez mais com as questões ambientais.

Transitando entre tradições e modernidades, Lídia disputa espaço e narrativas para contrapor estereótipos, preconceitos, racismo e, principalmente, defender seu território

“Não adianta vir nos dizer que indígena não pode ter celular... Com iPhone ou Android, estamos denunciando crimes e atrocidades contra nossos direitos, corpos e territórios

AMANDA
COSTA

Ativista climática, a jovem de 25 anos é embaixadora da ONU, delegada do Brasil no G20 Youth Summit e em 2021 entrou para a lista #Under30 da revista Forbes.

Formada em Relações Internacionais, Amanda empreende o Perifa Sustentável, que tem o objetivo de mobilizar jovens periféricos para construírem um mundo inclusivo, colaborativo e sustentável.

Amanda afirma que as discussões climáticas eram centradas exclusivamente nas pautas econômicas. Entretanto, hoje já não se pode mais ignorar termos como racismo ambiental, justiça climática, equidade de raça e gênero.

“Sou preta, moro na periferia de São Paulo e assumi o ativismo climático como um dos pilares da minha vida, contrariando a lógica heteronormativa que insiste em silenciar a minha voz

Por Liana Melo
Edição: Guilherme Leopoldo

Uma jovem conta 
a pobreza menstrual

LEIA TAMBÉM: