Vídeo: Língua Panará
Povo Panará
ATIVE O SOM
Por Liana Melo
LÍNGUAS INDÍGENAS
A língua é uma poderosa arma de resistência cultural e a Unesco, ao decretar 2022 como o primeiro ano da Década das Línguas Indígenas, quer tirar da invisibilidade esta enorme diversidade linguística.
Vídeo: Povo Araweté
São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, foi a primeira cidade brasileira a cooficializar línguas indígenas. Duas décadas depois, 13 línguas indígenas foram cooficializadas no país.
Vídeo: TV Canção Nova
Uma língua cooficial tem o mesmo status do português, idioma oficial do país. Existem algumas outras línguas indígenas no país que aguardam decisão do Congresso Nacional para serem cooficializadas.
Vídeo: Povo Sateré-Mawé
Muitas delas correm o risco de extinção pois são usadas por povos indígenas de até 100 pessoas.
Vídeo: Crianças Aikewára cantando na língua Aikewára.
Alvo de desmatamento e exploração mineral, o Pará é um estado onde se fala 34 línguas indígenas, 18 delas do tronco Tupi. O estado é considerado o coração Tupi da América do Sul.
Vídeo: Povo Wayana
Entre as 18 línguas do tronco Tupi, está a língua Kayabi, falada pelo povo Kawaiwete, que vive na Terra Indígena Kayabi, no sudoeste do estado do Pará e no Mato Grosso.
Língua Parakanã
Povo Parakanã
Língua Xipaya
Povo Xipaya
Língua Sateré-Mawé
Além das 18 do tronco Tupi, são mais 5 línguas Macro-Jê; 9 línguas da Família Karib; 1 língua da Família Aruak e 1 língua Warao.
Vídeo: Língua Mebêngokrê (Macro-Jê), falada pelos povos Kaiapó e Xicrin
Língua Karajá (Tronco Macro-Jê) Povo Karajá
Do tronco linguístico Macro-jê. Atualmente, a língua é falada pelos povos Gavião, na Terra Indígena Mãe Maria, em Bom Jesus do Tocantins, no Pará.
A diversidade é enorme. E mostra que a língua é a tradução dos sentimentos, das emoções, das crenças e dos saberes. A língua é a própria cosmologia de uma sociedade.
Vídeo: Povo Sateré-Mawé
Para Ivânia Neves, doutora em Linguística, “não se trata de querer inscrever estas línguas em práticas culturais do passado. E sim retomar outras formas de vida, de fortalecer identidades e de visibilizar a pluralidade do contemporâneo”.
A pesquisa "As línguas indígenas no Pará em 2021: fraturas do contemporâneo" durou sete meses e foi coordenada pelo Grupo de Estudos Mediações, Discursos e Sociedades Amazônicas (Gedai).