A mãe de todos os grupos

Pode até não parecer, mas a vida das crianças tem andado bem dura nas escolas. Foto Frank May/DPA

A dura vida de alunos e professores depois do WhatsApp

Por Leo Aversa | ODS 11ODS 15 • Publicada em 1 de junho de 2017 - 17:07 • Atualizada em 10 de outubro de 2021 - 13:59

Pode até não parecer, mas a vida das crianças tem andado bem dura nas escolas. Foto Frank May/DPA

– Pedrinho levou uma bronca, vocês podem acreditar?

– Uma bronca? Como assim? O que essa professora tá pensando? Tá doida?

– Pois é, olha a petulância: ele estava conversando com a Valentina sobre o novo iPad que ganhou, e a atrevida chamou a atenção deles. Pode?

– Essa mulher é muito insolente…

– Pedrinho chegou chorando em casa! Essa mulher fez meu Pedrinho chorar!

– Vamos fazer um abaixo-assinado!

O corpo de baile do grupo é composto de mães normais, mas as solistas são as sem-noção e as surtadas. São elas que dão o tom. Que é algo entre a superproteção e o alarmismo, com um perfume inconfundível de reacionarismo classe média

Não é uma célula do Estado Islâmico, não é uma facção paulista. É um diálogo no Grupo de Mães no Whatsapp, o xerife da educação nacional.

– Vocês leram o livro recomendado pela escola?

– Menina! Que horror! E não é que o lobo come a vovozinha? Absurdo! Valentina não dorme há três dias! Fica me perguntando se um lobo vai comer a sua avó! E o psicólogo dela está de férias! Tô desesperada.

– Mas que falta de sensibilidade dessa professora! Não vê que são crianças! Crianças!

– Soube que na outra turma passaram um filme, um desenho animado antigo e superviolento. Já no começo dão um tiro na mãe do veadinho! Além de violento, homofóbico!

– Foi bala perdida? Essa violência tá incontrolável! Tão sabendo que tem uma quadrilha rondando a escola, né? Me passaram a notícia num outro grupo de Whats.

– Também recebi! Sequestram as babás e mandam pra China de submarino, para vender o cabelo e as unhas, com o resto fazem hamburgueres pro McDonald’s. Saiu num site.

– Só as babás? Menos mal…quer dizer, que absurdo! Esses chineses são esquerdopatas bolivarianos! Li um texto no Face sobre isso.

O corpo de baile do grupo é composto de mães normais, mas as solistas são as sem-noção e as surtadas. São elas que dão o tom. Que é algo entre a superproteção e o alarmismo, com um perfume inconfundível de reacionarismo classe média.

– ‘migas’, e essa história de campeonato de futebol…? Pedrinho tá horrorizado! Ano passado ele não ganhou e chorou sem parar na entrega dos troféus…

– O professor de educação física é um tirano! Já falei cem vezes pra ele que não deveria haver competição, muito menos vencedores! Só medalha de participação!

– Isso! Senão fica meia dúzia feliz e o resto traumatizado! É muita crueldade! Como explicar para uma criança que ela não ganhou? Vamos fazer um abaixo- assinado pra tirar esse professor petulante!

– A criança fica abalada pro resto da vida! Vi no outro grupo que já é uma epidemia mundial! Tem até um nome, SDM, Síndrome da Derrota Mirim! Nem Ritalina dá jeito! Tem que entrar direto no Prozac!

Para as solistas, o mundo existe para frustrar as crianças. A escola então, nem se fala, só está lá para estragar a vida dos pequenos. A função do grupo de Whatsapp das mães é evitar tal tragédia.

-Gente, vocês não sabem: Valentina hoje foi tomar um picolé na cantina, e o picolé caiu no chão!

– Como assim? Como assim?

– Caiu da mão dela!

– Mas a professora não estava lá para pegar no ar? A escola não providenciou outro? Que loucura!

– Coitadinha! Ela tá bem? Levaram pro Copa d’Or?

-…Tá em estado de choque, é claro, diz que não quer mais tomar sorvete na vida! Na vida!

– Inacreditável! Como permitem que algo assim aconteça! E com a mensalidade que a gente paga!

– Brasil, né? Amiga minha disse que lá fora isso jamais acontece.

– Isso aqui tá demais! Demais! Pra começar tem que acabar com picolé e casquinha na escola, aquilo é só problema, sorvete só no copinho. E com pratinho embaixo.

– Isso amiga, genial!

– Vamos fazer um abaixo-assinado.

Leo Aversa

Leo Aversa fotografa profissionalmente desde 1988, tendo ganho alguns prêmios e perdido vários outros. É formado em jornalismo pela ECO/UFRJ mas não faz ideia de onde guardou o diploma. Sua especialidade em fotografia é o retrato, onde pode exercer seu particular talento como domador de leões e encantador de serpentes, mas também gosta de fotografar viagens, especialmente lugares exóticos e perigosos como Somália, Coreia do Norte e Beto Carrero World. É tricolor, hipocondríaco e pai do Martín.

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81 comentários “A mãe de todos os grupos

  1. Cristina Prado disse:

    O texto é bom, até que chega no preconceito. É uma ótima reflexão, até que divide. Sou professora e vivo esse problema no dia a dia. Associar esse comportamento a classe média estigmatiza e divide as pessoas entre o nó, os corretos, os que não cometemos erros e eles que são assim… Esses conceitos estão em todas as classes. O texto é bom até que rotula… Não presta o bom serviço que poderia prestar, reforça uns e afasta outros. Acaba falando para quem concorda e quer se auto afirmar. É possível escrever coisa muito semelhante sobre a classe rica, que vive mesmo lá fora e tem muitos privilégios e tbem sobre a “pobre”… que é sim tbem cheia de preconceitos. Já dei aula para muito pobre mimado. Os pais, quem sabe culpados pela falta de recursos, acham que tem que dar tudo a criança, para ela não vai ficar traumatizada. Tudo o que eles não tiveram? De Barbie a festa de 15 anos. Por que é isso que “rico”faz, todas as vontades. Conheço pai de pobre que gastou R$ 9.000,00 (dinheiro que não tinha) para a menina de 10 anos ter um “book”. Afinal como é que ela poderia viver sem um, não é mesmo?.. .E isso da professora por de castigo? Deve ser porque não temos $$… – Se fosse escola particular, isso não acontecia! Me preocupa rotular e dividir num mundo CRIATIVO, TOLERANTE E GENEROSO.

    • Adriana Antunes disse:

      Concordo com sua colocação. Texto bacana, mas também voltado ao alarmismo. Esses tipos de mães, sitadas no texto, são encontradas em qualquer classe social, são perfis e isso não tem a haver com dinheiro, estar ou não em uma escola particular.

    • Luciana Stadler disse:

      Separar as pessoas por classe,ou pior, denominar- se pertencente a uma classe é um pensamento típico de cidadãos que vivem na Matrix.
      A maioria dos seres humanos está doente mentalmente e moralmente também.
      A escola perdeu sua função, definitivamente. Nós professores somos tratados como inferiores, acham que temos de aturar e aceitar crianças e adolescentes mal educados. Como se não bastasse isso, ainda temos de aturar adultos com falha de caráter que cometeram o crime de dar a luz a uma criança para simplesmente destruir – lhes a infância com ensinamentos toscos e preconceituosos…
      Vivemos num mundo onde vale mais quem tem mais.
      Não espero que concordem comigo. Sei que certamente não concordarão… mas ando cansada de tanto blá blá blá, principalmente sobre a instituição Escola. Todo mundo virou especialista!
      Cansa.

    • Vera Lúcia disse:

      Verdade professora, a minha filha já estudou em escola particular e agora está em uma do estado, sai de um grupo d sala dela por essa situação muita fofoca, as mães pelo amor de Deus fazem um alarme por besteira, a minha quando estudava no particular nunca vi isso é nunca conheci a mãe de nenhuma criança só nas reuniões e olhe lá, e este ano ela começou na escola pública e as. Mãe parecem umas histéricas querem q p filho seja tratado como príncipe ou princesa. Pq não pega o filho e leva p uma escola particular? Sempre ensinei e ensino a minha filha a de defender e ser independente, agora se ouvir ofensas e agressões com minha filha aí sim me meto e tomo providências, agora o prof não pode corrigir o aluno (chamar atenção por bagunça na dá-la de aula) q as mães vão logo querendo tirar o professor, falta de respeito c o professor q já ganha uma merreca e ainda tem q aguentar abusos de pais imaturos.

    • matheus disse:

      texto preconceituoso e caricaturado. Lógico que existe pessoas assim, mas é a minoria e creio que não chegam ao ridículo do texto.
      Sobre o preconceito com a classe média, primeiro que os ditos ‘reacionários’ são justamente os que são contra o MIMIMI que toma conta do mundo, logo é uma incongruência dizer que estas mães são as ‘reacionárias’ quando se comportam justamente como os ‘progressistas prafrentex’ criados a leite com pera no carpete da vó.

      • Vanessa Dutra disse:

        Quem dera fosse caricaturado! Realmente gostaria que fosse assim, mas já vi essas e outras colocações serem feitas! É péssimo, mas é uma realidade! E o pior disso tudo é que é muito ruim para as crianças q acabam não sabendo lidar com frustrações e adversidades. Lamentável!

  2. Fernanda disse:

    Caro autor: seu texto é de péssimo tom e altamente preconceituoso. Mas não é pra menos….. o que sabe um homem sobre maternidade? O que sabe um homem sobre o que é criar uma criança sozinha? Porque mães solistas são neuróticas? Meu caro, você definitivamente não sabe nada sobre o que é ser mãe, e vive uma realidade despropisitada! Só pra constar, mães que tem filhos sozinhas pq homens babacas e frouxos abandonam seus filhos também são normais. Loucura, neurose e afins dá em qualquer ser humano. Inclusive pode dar até em você!

    • Paula disse:

      Falta ocupação e felicidade para esse tipo de mãe. Proteger e preocupar com seu filho é diferente de implicância com professores e instituições. O autor está certíssimo. Esquecem que muitos professores ótimos perdem seu emprego por fofocas e difamações infundadas. Pense nisso.

    • Lea disse:

      O texto é realmente mediano, já que destina a sua critica à classe média, mas mãe solista não é mãe solteira. Ele fez uma alusão à uma apresentação musical, onde existe a maioria das mães do grupo, chamadas de corpo de baile (as normais) e as poucas mães que lideram dentro do grupo de whatsup esses comentários superprotetores e etc. Essas seram as solistas, personagem principal em uma apresentação.

    • Cris Campos disse:

      Então você sem nem conhecer já afirma que ele não sabe nada de cuidar dr filhos e ele quem é preconceituoso? !?!

      E desculpa, gênero não determina sentimento. Conheço muita parideira que se acha mãe mas não tem um mínimo de paciência pra cuidar de um filho. Lor outro lado vejo cada vez mais homens se envolverem na criação dos filhos.

      Gerar um filho não faz de ninguém melhor que ninguém, muito menos mãe. Educar uma criança, conversar e preparar ela para o mundo, é um ato muito mais materno que ficar dr fofoquinha no whats.

      Tem prova com a escola? Vai lá resolver. Falar
      Falar mal pelas costas e em grupos de whats é fácil até pros covardes. Quero ver trr peito pra encarar a realidade de frente.

    • Leo Aversa disse:

      Oi! Só para deixar claro: quando escrevi “solistas”não me refiro de maneira alguma a mães solteiras. É um contraponto ao “corpo de baile”. A “solista” pode ser solteira, casada, viúva etc… Abs

    • Paulo disse:

      Desculpe-me Fernanda, mas acho que você não entendeu. Pelo que entendi ele meio que classificou as mães do grupo em solistas e corpo de baile. Você por acaso já ouviu falar de dança? já foi em algum teatro assistir a um espetáculo de dança? Se não, vou te explicar para que entenda:

      Solista é aquela bailarina que dança a frente das outras. Ela normalmente é a principal e a mais importante e por isso faz solos ou duos com o bailarino solista. Normalmente ela é chamada 1ª bailarina justamente por isso. Ou seja, ela que tem mais visibilidade no espetáculo, enquanto o corpo de baile se posiciona mais ao fundo.

      Corpo de baile – são muitas outras bailarinas mas não aparecem tanto quanto a solista que é a principal. Elas ficam em grupo no fundo e cantos do palco, quase como se fossem parte da decoração. Elas fazem parte do contexto e montam a cena, assim como os figurantes na tv. Mas não têm destaque e nem tanta visibilidade. Elas são um grupo que não aparecem tanto no espetáculo, mas são essenciais ao mesmo.

      Ou seja, traduzindo, solistas são as que ficam falando e reclamando e criticando o tempo todo. Chamando atenção, querendo ter visibilidade e ditar o teor da conversa. Por isso o autor diz que elas dão o tom. Porque quando todas estão quietas, elas estão ali a frente do papo que, nesse caso, não merece tanta atenção.

      Espero ter contribuido.

    • Ana cristina disse:

      Também achei o texto uma tentativa de ser engraçadinho ridicularizando algo que tem incomodado bastante: redes sociais como agentes de mobilização. Por conta de grupos de mães, na maioria, e pais, algumas escolas tem sido questionadas em suas práticas pedagogicamente inadequadas.
      Esses grupos tendem a crescer e se espalhar. As famílias apontarão falhas e cobrarão mudanças. Ah, como isso incomoda!

    • Elaine disse:

      Nada ver sua colocação, não é pq é mãe solteira que não pode educar seu filho … Vc mesma cita isso. O texto só errado por achar que só classe média faz isso, mas o que tem de gente que come mortadela e arrota caviar não está escrito … É sim, a Educação hoje é voltada para premiar a todos, os que fazem e os que não fazem nada, não existe a meritocracia é sim a supervalorização de quem não faz nada … Infelizmente nós esquecemos que serão eles os futuros do trabalhadores em nossa velhice …

    • Ricardo disse:

      O texto é ridículo, mas seu comentário também… Se o texto é preconceituoso, vc é o que ao afirmar que homem não sabe criar uma criança sozinho?

    • Ari disse:

      Quando o autor falou “solistas” se referiu as que sozinhas levantam alarmes nos grupos fazendo as outras irem junto. O autor não se referiu a mães solteiras…

    • Juliane disse:

      Fernanda vc não entendeu o significado de “solista” no texto, tem que saber interpretar antes de criticar, a palavra solistas do texto não se refere a mãe solteiras e sim a poucas mães que causam alvoroço por pouca coisa a grande maioria do grupo são de mães normais solistas são as loucas de plantão. Entendeu?! Eu quer que desenhe.

    • Euclides disse:

      Histéricas existem em qualquer modalidade. Desde “solistas” até “poliamor”.
      Quando as vacas acham que sua prole é diferenciada, não tem “somelier social” que as convençam que são “vinagres estragados “. Só abaixam a “crista” quando são chamadas a delegacia ou juizado de menores, para levarem os “geniozinhos” pra casa.
      Tá cheio de histórias assim por aí…

  3. Erica disse:

    Para quem esta em grupos de maes e não é solista, infelizmente, é isso mesmo. Insano.
    A referencia àclasse media é sobre comportamento “reacionário classe média” qualificando a ação, não os grupos de mães. Não entendi assim. Seguramente essa patrulha de mães alucinadas não escolhe classe nem cor nem origem. Infelizmente, se pudéssemos segregar ajudaria.
    E quem sofre são as crianças, que não tem oportunidade de crescer e ser autônomos. Receio pelo futuro das novas gerações.

  4. Erica disse:

    Para quem esta em grupos de maes e não é solista, infelizmente, é isso mesmo. Insano.
    A referencia àclasse media é sobre comportamento “reacionário classe média” qualificando a ação, não os grupos de mães. Não entendi assim. Seguramente essa patrulha de mães alucinadas não escolhe classe nem cor nem origem. Infelizmente, se pudéssemos segregar ajudaria.
    E quem sofre são as crianças, que não tem oportunidade de crescer e ser autônomos.

  5. Viviane disse:

    Obrigada! Já conversei muito sobre o assunto, me deram dicas horríveis, não tive coragem de fazer, estava pensando numa maneira melhor e comecei a pensar numa substituição, intuitivamente já estou tentando mudar a maneira de a colocar para dormir, mas agora vejo o quanto isso é importante! <3

  6. Flavia disse:

    Texto misógino de um homem julgando mães. Reforçando preconceitos de gênero e de classe. Mostrando sempre as mães sendo vigiadas e estigmatizadas como histéricas.

  7. Marcos disse:

    Eu gostei do texto.
    Sobre “solistas”, eu entendo que é uma metáfora, contextualizada inclusive no destaque logo após o “primeiro ato” do texto – não se refere a mães solteiras.
    E sobre “reacionário classe média” acredito ser um perfil de comportamento, que pode estar presente em qualquer classe social – com algum tipo de complexo de inferioridade em relação ao “lá fora”, também mencionado nessa crônica – ou dos pobres em relação aos ricos, mencionado em um dos comentários…
    O importante dessa crônica é nos levar a reflexão sobre qual o futuro que desejamos para os filhos: imagine um cenário hipotetico em que na vida adulta, uma namorada ache que o seu filho não seja mais interessante – abstraindo o motivo pelo qual ela tenha chegado a essa conclusão – e enfim, não queira mais manter a relação. Qual será a reação desse indivíduo ao receber essa notícia, se não estiver aprendido a “perder”? Qual poderá ser o desfecho disso, se a garota estiver firme em sua decisão? Potencialmente perigoso.
    E na vida profissional? Imagine este outro cenário hipotético: sua filha é uma analista financeira, que tem uma boa formação acadêmica em uma universidade de “primeira linha”, sempre muito dedicada e comprometida com o trabalho, que vê uma oportunidade de promoção dentro da empresa em que trabalha. Se inscreve para a posição de Coordenador Financeiro, juntamente com outros tantos candidatos. Ao final do processo seletivo ela é uma das finalistas que vão para a etapa final do processo seletivo, mas após a última entrevista, há uma outra candidata que a supera na avaliação final e acaba ficando com a vaga, por mérito legítimo. Como será que ela irá reagir, se também não aprendeu que por melhor que você seja, sempre pode haver alguém mais preparado ou mais adequado para assumir determinada posição naquele momento?
    Se a pessoa perde as oportunidades de aprender isso cedo, depois é sempre mais difícil, mas a vida ensinará. De maneira muito persistente.
    Alguns não superam isso e acabam desistindo – virando adultos frustrados, psicologicamente abalados, que acham que o mundo é contra eles, que a vida é injusta…
    Quem ama cuida. E cuidar não é necessariamente proteger, ao ponto de colocar nossos filhos em redomas. É preciso expo-lãs às situações que irão enfrentar ao longo da vida. E quem estiver mais preparado, em todos os aspectos, terá uma chance maior de ter uma vida plena e mais feliz quando adulto.

  8. Marcia disse:

    Eu faço parte de um grupo de mães bem parecido com isso! Eu entendi o seu humor no texto! E sim existem mães assim, e principalmente que acham que porque estão pagando uma mensalidade podem mandar nos professores! A culpa nunca é do aluno que não estudou o suficiente para a prova, mas do método do professor! São tantos absurdos que eu vejo por lá, que só estou no grupo para saber quem são os pais dos colegas da minha irmã ( sim quem cuida dos assuntos escolares da minha irmã sou eu, mas isso é outro assunto) observo quais são os valores deles e sei quem eu deixo frequentar a casa e quem não!

  9. Jorge Vidal disse:

    O tema é importante. O texto é ruim, fraco, com rótulos inconsequentes e tons de alarmismo e preconceito. Melhor o autor gastar mais tempo procurando o diploma.

  10. Thaysa disse:

    “Solista”??? Chocada com a relação arbitrária entre “solista”, “reacionária”, “alarmista”, “superprotora”. De onde tirou isso? Dos intestinos? Como bem disse uma colega: o que pode saber sobre maternidade, solo ou não, pra falar com tanta “propriedade”? Mais parece mediocridade.

    • Valquiria Daher disse:

      Thaysa, obrigad@ pelo comentário. Destacamos, no entanto, que mãe solista não é mãe solteira. No texto, vale o significado de “solitas” do dicionário:
      substantivo de dois gêneros dnç, mús
      1 indivíduo que executa um solo, vocal, instrumental ou de dança
      2 instrumentista que se especializa em solos musicais
      3 aquele que executa as partes solo de uma composição ‹s. da orquestra›
      adjetivo de dois gêneros
      4 que canta, toca ou dança solos ‹bailarina s.› ‹violinista s.› ‹é difícil encontrar um baixo s.›
      parônimos

  11. Izabela disse:

    O texto aponta para o óbvio. Não existem pais nos grupos de wtz pq a maternidade costuma ser solo, mesmo quando existem dois. As mulheres “enlouquecem” naturalmente e naturalmente buscam uma pauta pra poderem fazer terapia na rede. Principalmente as de primeira viagem. Ser mãe é absolutamente solitário. O wtz supre, os grupos e comunidades. É um lugar pra respirar mesmo na insanidade. É machista. É babaca não olhar pro detalhe. Mas não basta aprender a escrever ou carregar um diploma de psicologia pra enxergar além do que é falado.

    • Valquiria Daher disse:

      Izavella, obrigad@ pelo comentário. Destacamos, no entanto, que mãe solista não é mãe solteira. No texto, vale o significado de “solistas” do dicionário:
      substantivo de dois gêneros dnç, mús
      1 indivíduo que executa um solo, vocal, instrumental ou de dança
      2 instrumentista que se especializa em solos musicais
      3 aquele que executa as partes solo de uma composição ‹s. da orquestra›
      adjetivo de dois gêneros
      4 que canta, toca ou dança solos ‹bailarina s.› ‹violinista s.› ‹é difícil encontrar um baixo s.›
      parônimos

  12. Thaysa disse:

    Excelente tema a ser discutido, desperdiçado com um monte de preconceitos. Reza a lenda que não devemos falar sobre o que não sabemos…

  13. Júlio disse:

    No momento em que o papel masculino se colocou em desuso – em termos gerais, pensa aí nos últimos 30 anos-, os fatos se põem à mesa para quem quer apreciá-los. Da apreciação e apuração dos fatos à constatação da realidade daí já é outro estágio. Quem quer ver, vai ter que se puxar para ver.

  14. Thiago Fonte Boa disse:

    Parabéns pelo texto. Um ótimo retrato da realidade que vivemos nas escolas voltadas à classe média-alta. Realmente o corpo de baile é ótimo; no entanto as solistas têm necessidade do inconformismo.

  15. marcela disse:

    Quem escreveu esse texto ? Separar por classes sociais é coisa de Stalin, Lenin ou do Fascismo de Mussolini… Esse blog deveria ser processado por discriminação de classes!!!

  16. Paula disse:

    Pelo comentários acima conseguimos identificar quem se comporta assim nos grupos de whats das escolas… mães loucas e que acham q a escola é paga pra dar educação que os filhos não tiveram em casa.. #purarealidade

  17. Larissa Fernandes disse:

    O texto é tão ”classe média” quanto essas supostas mães, só paranoia atrás de paranoia. E o termo ”sem noção” quer dizer que algumas coisas podem e outras não podem. Por que na hora que você dá uns sacodes nos alunos(a) chatos, todo mundo começa a deixar sub entendido que você é ”incompetente”, ”vai procurar trabalhar em outra área”, mães com Whatsapp ou sem fazem uma panelinha e criam um SUPER caso em cima disso.

  18. Sheila Ribeiro disse:

    Participo dos grupos dos meus filhos, todos os três estudam em escolas particulares e nenhum acontece nada nem parecido com isso. Acho que talvez a escolha da escola conte muito. No caso dos meus, as mães são sensatas e as professoras inclusive fazem parte dos grupos!

  19. Karla disse:

    Fiquei com a impressão que vc está no mesmo grupo de mães que eu participo! Lá é exatamente assim: algumas poucas mães “solistas” (não são mães solteiras ok?), fazem o caos no grupo. Sempre prontas pra achar tudo um “absurdo”, “injustificável”, “o que a escola está pensando?”, “vamos falar com o padre!” e por aí vai. As solistas ditam o ritmo frenético ou não da música. Algumas vão no mesmo tom, mas a maioria que não concorda fica calada pra não criar confusão com as “solistas”. Em tempo: colégio católico de cidade do interior. Quando eu morava no Rio não era assim não. O grupo era bem mais consciente e objetivo.

  20. Rachel Brum Coelho disse:

    Já vi algumas escolas reclamarem dos grupos de mães.
    Acredito que isso aconteça porque muitas vezes a escola se posiciona em lado oposto a família, no sentido de não dar credibilidade ao ponto de vista diferente ao deles.
    Acabam julgando que todos os pais são insanos e exagerados, quando, se ouvidos atentamente pela escola, poderiam integrar a comunicação e evitar os verdadeiros furacões que a falha no diálogo causam.

    Quanto as solistas, só existem por existir platéia.

    Os grupos de wtz são muito positivos quando é equilibrado e funciona como uma rede de apoio.
    Acho muito complicado generalizar desta forma…

  21. Samuel Cintra disse:

    Metáfora estranha: solista se refere aquela que é exemplo de habilidade e por mérito está ali. E “corpo de baile’ tem função artística e não é apenas parte dos ornamentos.

    Esse tipo de mãe poderia ser melhor tipificada pela figura dos espectadores sem noção que incomodam as apresentações que apesar de poucos em número são capazes de acabar com p espetáculo

  22. Samuel Cintra disse:

    Metáfora estranha: solista se refere aquela que é exemplo de habilidade e por mérito está ali. Ou seja, nada comparavél ao tipo de mãe que se festa. E “corpo de baile’ tem função artística e não é apenas parte dos ornamentos.

    Esse tipo de mãe poderia ser melhor tipificada pela figura dos espectadores sem noção que incomodam as apresentações que apesar de poucos em número são capazes de acabar com p espetáculo

  23. Renata disse:

    Vamos ao mimimi…. A D O R E I… pelo meu entendimento trata-se de um texto caricato a realidade atual… sou mãe… de duas … não eh fácil conviver com essas mães politicamente corretas que querem criar seres humanos perfeitos e felizes!!!! Nada de errado em querer filhos felizes, mas vale lembrar que a vida não eh perfeita, as escolhas não são perfeitas e as respostas da vida não são perfeitas!!!! Está sob a nossa responsabilidade ( pais e mães ) ensinar e encorajar nossos filhos para a vida e não protegê-los em uma redoma de vidro ( embora de muita vontade eh claro)! E na minha visão, escola e professor devem ser respeitados e as exceções tratadas de forma isolada!!!

    • Humberto disse:

      Muito triste ver esses comportamentos de pessoas despreparadas para a vida e muitas vezes por culpa dos equivocados entendimentos do “politicamente correto”, desprezando o dever de educar, de respeitar, de ter disciplina, de se preparar para a vida. Educar é também dizer Não.

  24. Ana Cristina disse:

    Pode confessar que você está no meu grupo de mães. Esses grupos são muito chatos. Imagine vc que eu ja tive que participar de 4 grupos. É de enlouquecer.

  25. Fabiano Santos disse:

    Uma observação muito pertinente antes: Muitos professores aqui, dando sua valiosa opinião sobre o assunto. Mas, teria aí um *Professor* de Língua Portuguesa? É inaceitável e inacreditável, mesmo que para simples comentários no site, que os ditos ‘professores’ deixem esses erros impressos assim dessa forma.

    Ah, mas a culpa é do corretor que ‘escreve’ errado!

    Para início, o corretor ortográfico do Celular, Tablet ou PC pode ser desligado, atualizado ou simplesmente antes de ativar o ‘send’, você possa revisar e corrigir seu texto. Criticar é interessante, mas desde que você não cometa os mesmo erros ou piores. Outra coisa é que erros de digitação não justificam erros de ortografia.

    O texto é uma alusão às mães ‘surtadas’, das classes Média que acham que a escola é Centro de Cuidados e Lazer de seus filhos. Crianças vão à escola para estudar, adquirir conhecimentos. Professores não tem a mínima obrigação de aturar aluno com celular na sala de aula, conversinhas no I-Pad novo, manhas por causa que a criança é mimada e tem mães e pais sem noção.

    A escola contrata professores para ministrar aulas e ter em seu quadro, profissionais que vão formar novos profissionais. A educação dos filhos ainda é tarefa da Mãe do Pai. Passar conceitos de respeito ao próximo, aos mais velhos, cumprimentar, agradecer, compartilhar, ser honesto, cumprir com as tarefas, ajudar nas tarefas de casa são coisas básicas da educação familiar. Mães que despacham seus rebentos nas escolas para poderem ir à academia para serem ‘fitness’ e fazer selfies no celular, onde quando vão buscar os filhos, ainda fazem exigências à escola como se fossem sócias investidoras? Já vi aos montes.

    Moderação e responsabilidade são dois termos que nos mais de 50 comentários aqui não foram sequer citados. Só vi gente na defensiva da Classe média, atacando as mães da classe mais pobre fazendo o que seus filhos fazem na escola. ”…ah professora, mas ele também fez…”

    Para bom entendedor também, dá pra perceber claramente que o texto exalta a forma covarde de fazer comentários maldosos via Grupos de IM (Instant Mesengers), o que inclui, Mesenger, Whats App, Skype, Allo e outros. Por serem aplicativos particulares e de comunicação ponta-a-ponta, dá a segurança de poder fofocar sem que o alvo da fofoca veja.

    Independente das opiniões dadas e das respostas que por ventura venha a receber, a minha opinião também é de um Educador, pai de um casal que tiveram sua vida escolar firmadas em ótimos conceitos (na escola e em casa) e nunca deixaram de receber bronca ou puxões de orelha por fazerem coisas erradas. São hoje pessoas de bem e muito conscientes de seus direitos porque eu sempre ensinei a eles (meus filhos e meus alunos) que o DEVER vem antes do DIREITO até no dicionário.

    Obrigado pela atenção na leitura!

  26. Renata disse:

    Quanta bobagem!! Existem sim as alarmistas e descontroladas, mas essas o próprio grupo afasta. Difícil é pensar que um cidadão escreva esse tipo de coisas achando que mães em geral pensam e agem assim. Como se não tivessem outros afazeres. E pensar que essa pessoa tem um filho…

  27. Lorena disse:

    Léo, a vida da criança pode até estar mais complicada depois do watts mas a vida dos pais também. Sou uma mãe relativamente nova (35) de uma mocinha de 13 anos. E creio que, como eu, na sua época de escola não existiam redes sociais. E é assustador de ver o que elas podem causar com as mentes dos jovens – que ainda tão inseguros – não sabem reconhecer as emoções. Tá dura a vida dos pais hoje em dia tbm. E não só por isso. A bebida, as drogas e a depravação (dentro ou fora das escolas) estão acabando com essa moçada.
    Tudo isso pra te dizer que o grupo de watts dos pais/mães da escola que eu participo me ajuda muito. Ajuda-me tanto nos dias que eu preciso de uma mãozinha, como pra me aproximar dos pais dos colegas da minha filha. Conhecê-los, saber como eles se posicionam em diversos assuntos, ver se as conversas dos nossos filhos estão “batendo” e também a nos acalmar mutuamente. Sabendo que eles são novinhos ainda e vão cometer seus próprios erros e acertos.
    E com relação ao resto do texto posso dizer que nosso grupo tem sorte. Somos praticamente todos “corpo de baile” com raros “solistas” bem sensatos.

  28. Mônica Silva disse:

    Como é triste ver mulheres que se posicionam tão bem,são tão inteligentes, algumas professoras,mas não sabem se quer fazer uma interpretação de texto direito. O pré conceito que muitas citaram no texto está nos olhos de quem leu e interpretou da forma que quis e não como realmente é.

  29. Ivie picanço disse:

    Eu gostei do texto até certo ponto. Alertar sobre a super proteção e absurdos é, a meu ver, importante e necessário já q muitas mães realmente têm tais atitudes. Mas o exagero nunca é produtivo. As vezes pode soar como humor, mas aqui foi um desserviço.

    Acredito q os pais devam sim participar mais ativamente sobre o q acontece no colégio e até opinar sobre algum conteúdo totalmente fora da caixinha no senso comum. Professores e pedagogos, embora profissionais especialistas, podem errar e irem pra uma linha contrária aos anseios da maioria. E sendo assim é melhor o diálogo do q trocar o filho de colégio.

    A questão é o exagero e a super proteção dos pais que são perniciosas para o processo de aprendizagem e pro futuro da criança de uma forma geral.

  30. Angélica Rodriguez disse:

    Eu fazia parte do grupo de mães da turma da minha filha! Era bem parecido com isso! Saí do grupo.
    Outra coisa….. Solista não é sinônimo de mãe solteira!!!

  31. Professor disse:

    Sou professor há 20 anos, diretor de escola há 10 anos e especialista em tecnologias e seus reflexos na educação e posso garantir que o texto tem total relação com a realidade. Em alguns trechos pareceu sarcástico, mas aquilo tudo que está escrito acontece, nem sempre com aquelas palavras, mas com o mesmo sentido. É uma minoria de mães que age dessa maneira, mas são número suficiente para influenciar outras, causar problemas para os colégios e levar bons profissionais a deixarem a educação. É isso mesmo. Alguns desistem. Parabéns a todos os pais e mães que apoiam os colégios e deixam seus filhos “criar imunidade” naturalmente.

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