ODS 1
Cliente decide quanto quer pagar
Cafeteria Curto Café, no Centro do Rio, não tem preço fixo e nem caixa registradora
Dita há mais de cem anos, em 1897, a célebre frase do escritor americano Mark Twain parece resumir as discussões sobre o possível fim do capitalismo. Ao ser informado de que estava morto, Twain ironizou: “Os boatos sobre minha morte são exagerados”. Que o capitalismo ultrapassou praticamente todos os limites morais aceitáveis ao longo das últimas décadas não há dúvidas – o que fez suas contradições internas virem à tona. Daí a antecipar seu obituário é ignorar sua enorme capacidade de regeneração e seu poder incalculável de adaptabilidade.
Não é de hoje que surgem, aqui e ali, experiências que demonstram o potencial do capitalismo em transformar limão em limonada. Nos anos 80, enquanto a então primeira-ministra britânica Margareth Thatcher comandava o Reino Unido com mão de ferro, um pequeno restaurante na cidade portuária de Poole, ao Sul da Inglaterra, inaugurava uma experiência inédita: um cardápio sem preço. Isso mesmo. O cliente chegava, sentava, comia e, na hora de pagar, decidia se queria pagar e quanto pagaria.
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Liana MeloFormada em Jornalismo pela Escola de Comunicação da UFRJ. Especializada em Economia e Meio Ambiente, trabalhou nos jornais “Folha de S.Paulo”, “O Globo”, “Jornal do Brasil”, “O Dia” e na revista “IstoÉ”. Ganhou o 5º Prêmio Imprensa Embratel com a série de reportagens “Máfia dos fiscais”, publicada pela “IstoÉ”. Tem MBA em Responsabilidade Social e Terceiro Setor pela Faculdade de Economia da UFRJ. Foi editora do “Blog Verde”, sobre notícias ambientais no jornal “O Globo”, e da revista “Amanhã”, no mesmo jornal – uma publicação semanal sobre sustentabilidade. Atualmente é repórter e editora do Projeto #Colabora.